Ex-ministro Carlos Minc defende legalização da droga.
Rapaz é detido por pichar poste durante manifestação.
Cerca de 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da Marcha da Maconha,realizada na tarde deste sábado (1°) na orla da Zona Sul do Rio. Para os organizadores, no entanto, o evento reuniu de três a quatro mil pessoas. Embalados pelo som da banda Vegetal, os manifestantes cantaram e gritaram palavras de ordem, pedindo a legalização do consumo e do plantio individual da planta.
Com um cartaz onde se lia "Jesus usava maconha", o universitário Diego Mello, de 21 anos, defendia o uso recreativo e terapêutico da droga, acrescentando que Jesus promovia a cura banhando os doentes em óleo de cânhamo. Diego, que tem de fazer acompanhamento pelo Narcóticos Anônimos desde o ano passado, quando foi detido fumando maconha - diz que existe uma vasta literatura estrangeira que prova isso.
"Fui preso, mas não abandono minhas convicções. Acho que se a maconha fosse liberada viveríamos num mundo muito menos violento e muito melhor. Seguirei lutando sempre”, disse o estudante.
"Fui preso, mas não abandono minhas convicções. Acho que se a maconha fosse liberada viveríamos num mundo muito menos violento e muito melhor. Seguirei lutando sempre”, disse o estudante.
Minha opinião:
Sempre defendi a liberação da maconha. Na verdade, da maconha e de todas as demais drogas. Acho que as pessoas que lutam contra tal idéia demonstram uma mentalidade retrógrada e tacanha, ignorante mesmo, não estando a altura da convivência com os seres iluminados que fazem uso das mais variadas espécies de alucinógenos, psicotrópicos e substâncias assemelhadas.
Na verdade, acredito que, de tão especial que são, não deveriam ser obrigados a conviver nesta sociedade atrasada que os discrimina (e incrimina), sendo merecedores de um território só seu, habitado apenas por seus pares, por seus irmãos de luta.
Penso que deveria ser delimitada uma área, razoavelmente extensa, tal qual uma reserva indígena (em infeliz comparação, reconheço), na qual residiriam estes evoluídos seres, em confortável distância de todos aqueles indivíduos preconceituosos com os quais tiveram a infelicidade de conviver até então, que insistiam em reprovar o seu modo de vida.
Neste habitat, seriam governados por seus semelhantes. Políticos de renome não faltariam para concorrer à liderança do executivo, bastando para tal constatação a leitura da reportagem objeto desta opinião.
Os legisladores e julgadores, por sua vez, seriam todos da mesma tribo, sem exceção (já imaginaram a qualidade e profundidade dos textos legais que seriam produzidos sob estado de euforia, e a imensa variação interpretativa que receberiam ?).
Com relação à manutenção da ordem (não esqueçamos dela, pois, apesar de serem todos iluminados e evoluídos, sempre existem aqueles que se excedem, e a presença da autoridade poderá se fazer necessária), seria a mesma levada a efeito por policiais absolutamente alucinados, os quais, apesar de fortemente armados, certamente teriam o bom senso de não efetuar disparos a esmo, ou ferir inocentes, pois seu treinamento, levado a efeito por experts em transe, garantiria a eficácia na atuação.
Entretanto, ainda que, por inexplicável acidente, alguém ficasse ferido, não haveria problema algum, pois, acionado o número de emergência (tal qual o 190, daquele mundo deixado para trás), e logo que o atendente chapado conseguisse organizar suas idéias, uma equipe médica devidamente cheirada iria de encontro ao cidadão necessitado, que seria prontamente removido para o hospital mais próximo, e operado por um cirurgião extremamente animado, gesticulante e falante, que saberia manejar o bisturi com maestria, pois certamente terá frequentado uma faculdade de medicina local, na qual apenas renomados professores, todos dependentes químicos convictos, teriam lhe transmitido, quando conscientes, os devidos ensinamentos técnico-cirurgicos.
Não esqueçamos, também, na alegria que seria o trânsito, recheado de hábeis motoristas, pilotos da alegria, utilizando o que tiver restado de seus reflexos e sentidos, sem a tediosa presença dos motoristas estressados de outrora.
Aliás, ainda no tema dos transportes, testemunharíamos, finalmente, a até então utópica solução para o problema referente aos atrasos nos vôos, já que os controladores, motivados e alertas como nunca, certamente encontrariam espaço suficiente, no solo, para todas as aeronaves, ainda que ao mesmo tempo.
Sejamos justos: quanto mais pensamos a respeito, mais vantagens vão se descortinando e flutuando perante nossos marejados olhos, em uma profusão de cores, brilhos, formas ... cara, que fome !
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